VOLUME 11 , ISSUE 1 ( January-April, 2022 ) > List of Articles
Fernanda R Lima, Luciana F Teixeira, Ana BP Da Silva, Andrea VR De Araújo, Cristiane A Domingues, Renato S Poggetti, Almerindo L De Souza Júnior, Marcelo C Rocha
Citation Information : Lima FR, Teixeira LF, Da Silva AB, De Araújo AV, Domingues CA, Poggetti RS, De Souza Júnior AL, Rocha MC. Desafios na Implementação do registro de trauma em uma instituição da saúde suplementar no Brasil. Panam J Trauma Crit Care Emerg Surg 2022; 11 (1):31-33.
DOI: 10.5005/jp-journals-10030-1376
License: CC BY-NC 4.0
Published Online: 24-05-2022
Copyright Statement: Copyright © 2022; The Author(s).
Introdução: Registros de trauma são uma ferramenta fundamental para o funcionamento dos centros de trauma e o monitoramento contínuo do cuidado. Objetivo: Apresentar os desafios na implementação do registro de trauma (RT) em um centro de trauma da saúde suplementar no Brasil, organizado de acordo com os critérios do Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, que apresenta os desafios e as estratégias utilizadas para implementar o registro de trauma na instituição do estudo, um centro de trauma nível II. Resultados: Como não está disponível no Brasil um RT nacional, optou-se pela compra de um software utilizado em centros de trauma norte-americanos; este processo demorou cerca de seis meses. Uma das grandes barreiras foi o idioma do programa (inglês); como estratégias, foi desenvolvido um dicionário com a tradução e a definição de todos os elementos do registro; além disso, foi feita a tradução do National Trauma Data Standard Data Dictionary para o português para melhor entendimento dos registradores. Outro grande desafio foi a preparação dos registradores, visto não existir um programa de treinamento no país; considerando a necessidade de conhecimentos de anatomia, fisiologia e clínica, optou-se por treinar enfermeiros na utilização do registro e na codificação da gravidade das lesões; esse treinamento foi feito por uma enfermeira com conhecimento do registro e de codificação de lesões. Conclusão: No período de um ano, mais de 400 doentes foram inseridos no registro, com todos os elementos preenchidos e os dados validados seguindo diretrizes internacionais. É um grande desafio implementar um RT em um país em que bancos de dados de trauma locais e regionais não estão disponíveis. A disponibilização de produtos nacionais, em moeda e idioma locais, facilitaria as negociações e permitiria que mais instituições pudessem adquirir um RT. Programas locais de formação permitirão o treinamento de mais profissionais e o aprimoramento e a otimização de todo esse processo.